- Carnaval. Uma palavra derivada do latim “Carnis Valles”. Em tradução literal podemos entender como “Prazeres da Carne”. É uma época do ano onde as pessoas se permitem extravasar suas fantasias. No popular, bebem além da conta, transam com desconhecidos, praticam libertinagem e, usam esse período para se libertar da moral e dos bons costumes que regem a sociedade. (Pierre Martins)
Ponto um: As grandes escolas de samba. Há quem diga que seus fiadores são bicheiros com seus dinheiros sujos. Dinheiro do crime organizado do qual tato criticamos. Vendo pelo lado religioso, se você for cristão como eu, basicamente eles promovem cultos e homenagens a santos do candomblé e da umbanda. Nada contra, afinal, cada um tem sua religião, mas se você crê na mesma fé que eu, não seria legal você compactuar com isso.
Ponto dois: Você sabe quem é o Rei Momo? Ele é uma das personificações do deus grego Dionísio, ou deus Baco. Esse é aquele carinhosamente chamado de deus do vinho, mas na verdade é a imagem da bebedeira, da libertinagem, dos prazeres carnais. O deus Baco da origem a uma palavra que você conhece bem, “bacanal”. Essa era a forma de culto dedicada a ele: Orgia em praça pública. O “Rei da festa” ou “Rei Momo” é a personificação da imagem do que há de pior na carne. Representa a ganância pelas riquezas, a luxuria, a gula, a embriaguez, a libertinagem.. enfim, como eu disse, tudo o que há de pior na carne.
Ponto três: Você sabe por que nos fantasiamos no carnaval? A essência do evangelho diz que o nosso corpo é a mascara que protege nosso espírito, que é nosso bem mais valioso. Se fantasiar implica em esconder seu corpo, pois ele se torna o seu bem mais valioso durante a festa dos prazeres da carne. Em essência, apenas quer simbolizar que a carne vale tanto quanto seu espírito. Mas sabemos que a carne se deteriora e morre, mas seu espírito vai durar para sempre. Na quarta-feira de cinzas tudo quanto é carne se acaba como quem é consumido pelo fogo, mas aqueles que vivem pelo espírito vive para sempre.
O carnaval pode ser entendido como a vida na carne. Um tempo curto de prazeres intensos, mas um fim trágico marcado por um melancólico dia de cinzas. Mas aqueles que vivem no espírito, esses viverão para sempre.
Por isso, caro leitor, pense bem. Vá ao carnaval, mas seja sábio em cada passo. Lembre-se que mesmo aquilo é um culto, porém dedicado a deuses de origens e intenções bem duvidosas.
Boa folia!
Martins, Pierre - Araruama, 05 de Fevereiro de 2016.
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