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A grande guerra entre a racionalidade das coisas vivas e a irracionalidade humana.


Ontem tive a oportunidade de assistir uma palestra na Faculdade que me fez parar para pensar: Qual o rumo da sociedade terrestre?
No vídeo, a palestrante retratava os problemas gerados pelo consumismo avançado e desnecessário. No decorrer do assunto, fui destacando e pensando soluções cabíveis para que realizássemos ainda em nossa geração.
A Terra não é eterna e nós também não somos. O nossos antecessores, Dinossauros, foram aniquilados após 165 milhões de anos de reinado por uma mudança climática drástica causada pela provável queda de um asteroide na península de Yucatán, desencadeando uma série de catástrofes planetárias. Hoje sabemos que não vamos ser atingidos nem tão cedo por um asteroide semelhante, pois somos suficientemente inteligentes para monitorar todas as coisas no firmamento que nos ameacem. Porém, antes da extinção do K-T (conhecida pelo fim da era dos dinossauros), diversas outras aconteceram e por motivos bem distintos.



Para nosso entendimento, tudo começa com a primeira grande extinção em massa, a Extinção Cambriana. Nesse evento, apesar de conhecermos pouco sobre o assunto, foram extinguido principalmente grupos de equinodermos, braquiópodes e conodontes.
A segunda grande extinção se deu provavelmente por uma erupção de raios gama, proveniente de uma possível Super-Nova (morte de uma estrela hipermassiva) nas proximidades da Terra. A erupção interagiu com nossa atmosfera alterando-a completamente, permitindo que os raios UV passassem, causando uma era glacial. Parece ficção, mas foi isso desencadeou a Extinção do Ordoviciano, dando fim a vários trilobites, entre outros.
A 360 milhões de anos houve a Extinção do Devoniano Superior, dando fim a 70% de toda a vida marinha, sobre tudo corais e estromatopóides. Uma série de eventos desencadeou essa extinção massiva, como queda de meteoritos de grande escala, glaciação e diminuição da temperatura global, entre outros.
A maior extinção em massa aconteceu a 251 milhões de anos e fez desaparecer cerca de 95% de toda a vida no planeta. A extinção do Permiano-Triássico ocorreu no final do período Paleozóico. Seu motivo? Uma super erupção vulcânica na região da atual Sibéria, que liberou toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, aumentando o “Efeito Estufa”, provocando a elevação de 05 graus na temperatura média do planeta.  Por consequência, ocorreu a sublimação de uma grande quantidade de metano congelado no fundo do leito oceânico. Esse evento fez com que a temperatura média do planeta subisse ainda mais 05 graus, totalizando 10 graus. A maioria das espécies existentes não poderiam evoluir a tal velocidade para se adaptar a essa nova formação planetária.



Após isso, ainda tivemos a Extição do Triássico-Jurássico, provocado por erupções vulcânicas, fazendo com que a temperatura da Terra subisse e baixasse velozmente. A vida marinha foi a mais prejudicada.
Bom, a próxima seria a do K-T. Mas essa não foi a mais recente. A última grande extinção vem ocorrendo a aproximadamente 15.000 anos e sua principal causa é a humanidade. Nossos antecessores dizimaram espécies inteiras! Claro que a aproximadamente 12.000 anos atrás vivemos a ultima era glacial conhecida, quando se deu inicio extinção do Holoceno. Hoje estimamos uma média de 140.000 espécies extintas por ano (baseando-se na teoria da espécie-área) .
A tanto tempo grandes catástrofes causam perdas terríveis a vida no planeta. Toda grande extinção é causada por mudança na formatação planetária. Todas as espécies que estiveram no topo da cadeia alimentar antes de nós se foi por não conseguir evoluir a mesma velocidade em que o planeta mudou e isso não será diferente com a humanidade. Não seja tolo, nós não podemos viver na Lua ou em Marte. Aqui é nosso lar. Colonizar o universo é um sonho possível, mas alto, e nossa tecnologia está muito aquém disso. Todas as grandes espécies que conheceram seu fim nos ensinaram que preservar a formatação que o planeta tem hoje, é o que permitirá nossa perenidade até alcançarmos a tecnologia suficiente para sermos sociedades Interestelares.



Porém, poluímos nossa água, solo e ar. Desmatamos nossas florestas, causando a extinção de diversas espécies da flora e fauna. Enviamos até para nossa orbita terrestre diversos detritos, a qual denominamos “lixo espacial”. Não cuidamos de nossas crianças e nem de nossos anciãos!  Depredamos tudo, contribuindo para um sistema consumista “idiota”. Seremos a primeira espécie conhecida a destruir por completo a própria existência, e ainda assim, através da exaltação de um ego completamente absurdo de superioridade, nos declaramos a única espécie inteligente do Planeta Terra.
Lembre-se: Os irracionais Dinossauros reinaram por 165 milhões de anos. Nossa espécie começou a evoluir a aproximadamente 2 milhões de anos. Criamos a primeira sociedade Humana a pouco mais de 10.000 anos. Construímos nossas primeiras máquinas e fábricas a praticamente um século. E talvez daqui a 50 anos nosso planeta já será um lugar completamente diferente daquele que nossos avós conheceram e quem sabe em pouco tempo nossa Extinção chegue também?


Consumir é bom. Ser economicamente forte é ótimo! Mas e quando não existir mais água? E quando a comida e todos os outros recursos naturais acabarem? Vamos comer dinheiro?
Vamos mudar o rumo da nossa sociedade! Que se dane o que a mídia dirá! Que se dane a moda, a tecnologia avançada, o status... Ser inteligente é entender que se não preservarmos o ambiente que nos criou, seremos a espécie mais irracional a ter povoado o planeta Terra!
Consuma bem duráveis! Plante árvores! Procure energias limpas! Não consuma produtos que precisaram poluir o ar, a água ou o solo para ser produzido! Boicote o que alimenta o poder capitalista alienado! Capitalismo é bom, mas desde que haja limites entre consumo e disponibilidade de matéria-prima para a produção! Cada um de nós representa uma gota, mas juntos seremos um oceano inteiro!
Preserve o Planeta Terra!



Martins, Pierre – Araruama/RJ – 30 de junho de 2015.

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